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O blog para quem aprecia a verdadeira beleza do cinema, acompanhe a visão masculina e a feminina sobre filmes. Vamos deixar nossas críticas, opiniões e sugestões sobre essa maravilha que encanta a todos.

Crítica - A Invenção de Hugo Cabret


A Invenção de Hugo Cabret é encantador, tanto na sua história e conteúdo, quanto na parte visual. A Paris dos anos 30 é retradada em tom de fábula, nos mostrando cores ricas e quentes, além disso o design de produção como figurino, maquiagem, direção de arte e efeitos especiais, assim como o seu 3D, são excepcionais e se mantém assim durante todo o filme. Além disso podemos acompanhar uma trilha sonora de primeira, comandada pelo três vezes ganhador do Oscar Howard Shore, vemos um trabalho memorável que dá o tom perfeito a obra.

Martin Scorcese, que até então era conhecido e apontado como o eterno diretor de filmes de gângsteres, o que era uma incômoda injustiça considerando trabalhos como O Aviador, Kundun e New York, New York, mostra todas as suas qualidades num filme que não possui um tema 100% adulto. Sabendo também que ele é um dos mais célebres historiadores, críticos e pesquisadores do cinema fica mais do que explicado que seu primeiro filme em 3D seja a adaptação de um premiado livro que nos remete ao passado.


Hugo (Asa Butterfield) é um jovem órfão que durante os anos 1930, vive escondido na Paris Nord, gigantesca estação de trem francesa. Esgueirando-se por passagens secretas, o garoto cuida dos gigantescos relógios do lugar, enquanto tenta encontrar as peças corretas para fazer funcionar o autômato movido a corda, herdado de seu pai (Jude Law), um relojoeiro morto em um trágico incêndio. Levado a cometer pequenos furtos para sobreviver, numa destas ocasiões é supreendido por George (Ben Kingsley), o rabugento proprietário de uma lojinha de brinquedos, que ameaça entregá-lo ao inspetor da estação (Sacha Baron Cohen). O que Hugo nem desconfia é que o sujeito, na verdade, é o cineasta George Méliès, e possui uma forte ligação com o robôzinho deixado por seu pai.

O bonito longa é uma mistura de gêneros, temos ao mesmo tempo um pouco de aventura, fantasia, ação, comédia, romance, drama e até mesmo documentário. E isso tudo funciona numa perfeita harmonia, graças a excelente direção de Scorsese e a edição e montagem que são muito bem trabalhadas. Hugo é uma adaptação do livro homônimo de Brian Selznick e nos traz uma linda homenagem ao cinema e principalmente a um de seus precursores, o grande George Méliès. Outros pontos interessantes do filme, são a correção de um equívoco histórico, pois muitos consideram e apontam Thomas Edison como o responsável pela criação do cinema, e no longa fica claro que os verdadeiros criadores foram os irmãos Lumière, além disso nos é mostrado como na década 1890, já eram usados efeitos tridimensionais.

Agora o que mais me emocionou no filme foi a homenagem, o agradecimento, feito a George Méliès, este que foi um dos maiores cineastas da história, além de grande mágico e ilusionista. E para nós do Cinefolândia foi especial, pois o primeiro post (Filme nº1 - Viagem á Lua) deste blog foi sobre o filme número 1 do livro 1001 Filmes para ver antes de morrer, que é nada mais nada menos o Viagem á Lua do próprio George Méliès. Desde aquele momento, principalmente depois de assistir Viagem á Lua e estudar sobre a sua origem e a vida de seu criador, nos encantamos com este cineasta e sua história, e por isso foi tão gratificante acompanhar a viagem que Martin Scorsese nos remete em a Invenção de Hugo Cabret.

Nota Final: 9,0


 

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