Sherlock Holmes 2: Jogo das Sombras apresenta o Professor James Moriarty à franquia. O maior inimigo de Sherlock Holmes, dono de um império criminoso que se estende por toda a Europa. O vilão organiza ataques terroristas contra diversos membros do governo europeu, com intenções no mínimo nefastas, e cabe ao bom e velho Sherlock Holmes e seu escudeiro Watson o deterem. E como não podia ser diferente, eles não estão sozinhos nesta empreitada, pois contam com a ajuda da exótica madame Simza Heron.
O que vemos então é um jogo de gato e rato entre Holmes e Moriarty, pois os dois são grandes estrategistas, e como um sempre tenta estar à um passo a frente do outro a balança acaba pendendo para os dois lados. No fim é como uma partida de xadrez, onde sacrifícios precisam ser realizados para se buscar a vitória.
Repleto de detalhes e com uma boa trilha sonora, vez por outra ornamentada com um tic tac do relógio para gerar suspense, o roteiro do desconhecido casal Kieran e Michele Mulroney (Tempo de Crescer) é frenético e bem amarrado. E explora a forte amizade da dupla, debochando da homossexualidade já atribuída a eles, revelando um Holmes incomodado com a união que irá separá-los. Outra coisa que me chamou a atenção no filme foram as várias referências e citações atribuídas ao mesmo, como a clássica cambalhota na parede que pertence ao Bruce Lee, ao Jiu-Jitsu Brasileiro usado pelo nosso querido e excêntrico investigador, e a melhor de todas, a imagem do Coringa de Batman - O Cavaleiro das Trevas, representada no rosto borrado do protagonista na sequência do trem.
O longa é bem mais elaborado que o primeiro, isso porque Guy Ritchie conseguiu imprimir uma confiança muito maior em sua direção, pois quem conhece seus filmes de assinatura (Jogos e Trapaças, Snatch - Porcos e Diamantes) e estilo, sabe que o primeiro não fez tanta justiça ao talento underground do cineasta. Além disso ele conseguiu se mostrar mais íntimo do personagem de Holmes, explorando toda a sua excentricidade, defeitos e qualidades. O que colaborou para uma melhora geral no que diz respeito a atuações, ocasionou nos atores maior segurança e desenvoltura. A dupla Jude Law e Robert Downey Jr. se mostrou mais entrosada, com mais vontade, com energia e química melhores. Robert acaba tento seu humor mais aproveitado tanto no roteiro quanto na direção. Em momentos em que o texto não é dito, precebe-se a naturalidade do ator sem sê-lo em palavras. São boas também as atuações de Stephen Fry que faz o papel do não menos excêntrico irmão de Sherlock, Mycroft Holmes, e do Jared Harris que faz o grande vilão Moriarty. Apesar de que gostaria muito de ter visto Brad Pitt fazer o papel do vilão como foi cogitado durante as gravações do filme, já imaginaram Robert Downey Jr. e Brad Pitt naquele combate ao lado do tabuleiro de xadrez??? A decepção ficou por conta da personagem de Simza Heron, a cigana, que é interpretada por Noomi Rapace, faltou algo para que ela ganhasse ao público. Ao menos os roteiristas acertaram em não colocá-la como substituta de Irene Adler (Rachel McAdams) como interesse romântico de Holmes.
Enfim meus amigos, é um filme que aconselho a assistirem, pois só a cena da perseguição na floresta que foi filmada com a câmera Phanton, que grava até mil quadros por segundo (uma câmera normal faz 24), onde vemos a potência dos disparos feitos contra nossos heróis, que passam em altíssima velocidade destruindo tudo ao seu redor, já vale metade do ingresso.
Nota Final: 8,0








1 comentários:
Realmente me impressionei com o filme. Como a maioria das mulheres, tenho um certo receio quando vou assistir um filme de ação. E não é puro feminismo, mesmo por que como apaixonada por cinema assistiria filmes o dia todo e de todos os gêneros. O que me irrita é a falta de criatividade dos roteiristas e diretores, parece que para um filme de ação ser bom o que importa são lutas, explosões e carros voando, não importa o correteiro, atuação ou qualidade do filme.
Mas o que importa é que volta e meia algum filme de ação me agrada, como aconteceu com Sherlock Holmes, adorei o filme, uma história excitante, ativa e engraçada. Como o Fábio falou, Robert incorporou de uma forma o personagem que mesmo nos momentos que estava calado transmitia, pensamentos, emoções e um carisma absurdo.
Realmente valeu a pena, e a cena da perseguição na floresta, ah a cena, realmente incrível...
Resumindo indico a todos, inclusive para as mulheres. ;)
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